segunda-feira, julho 26, 2004

Perfeitamente racional

Para mim, existem demonstrações de clubismo que são completamente normais. Há quem as ache exageradas, mas a esses respondo com um encolher de ombros e um ar de franca surpresa face a tamanha mostra de desinteresse pelo que é importante na vida.
Vou dar alguns exemplos e verão se não tenho razão:
- Se a selecção nacional não tem nenhum jogador do Sporting não a classifico como "a minha selecção";
- Se algum carro engalanado com um galhardete ou outro gadget qualquer do Sporting faz uma asneira e quase provoca um acidente, da minha parte apenas recebe um aceno compreensivo e conciliador (nunca uma buzinadela!);
- Café ou tasca com simbolos do benfica não são por mim frequentados. Ao contrário, os que ostentam garbosamente adereços verdes-e-brancos, contarão à partida, com a melhor das boas vontades, mesmo que os bolos sejam sempre de ontem e ostente, garbosamente, um cheiro a estrumeira;
- Independentemente das minhas opções políticas, existe sempre alguma simpatia por políticos do Sporting (o que quer dizer que gosto tanto do Santana, como do Ferro, do Jorge Coelho, do Sampaio, do Vasco Lourenço, do Durão, etc.). Na mesma linha, claro está, que não gosto do Guterres, do Bagão, do Carvalhas, do Alegre, entre outros (poucos, mas existem);
- Quanto a comediantes/palhaços, passa-se o mesmo: gosto do Camilo de Oliveira, Fernando Mendes e Victor Espadinha. Não gosto do Luís Filipe Vieira, José Veiga, Simão e outros palhaços assim.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Assim é que é falar. Gosto deste sítio onde se abordam temas 'incontornáveis' e de profundidade 'sustentada' para quem anda no 'terreno'.
No meu caso, confesso, nem sequer uso Betadine; mesmo que corra o risco de que infectem os arranhões com que me mimoseio quando escuto os uivos orgásticos de alguns doutos comentadores televisivos a propósito de um qualquer chuto do menino Pereira que passe a menos de 30 metros da baliza adversária. Mas tenho que admitir que não perco, a bem da minha cultura humanística, nenhum comentário de um senhor de bigode que termina as frases com um imperativo "OK".

12:28 da manhã  

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