segunda-feira, setembro 05, 2005

Modas da restauração lisboeta que me encanitam (4)

Volto com este tema ao Trabuco para denunciar alguns maus hábitos que vitimam pobres desgraçados (como eu) que comem fora todos os dias em Restaurantes.

Hoje o tema é bitoque.

O bitoque podia ser uma das mais perfeitas refeições rápidas que se servem em restaurantes: um bife pequeno com ovo a cavalo, acompanhado de batas fritas, arroz (apesar da redundância de hidratos de carbono, é uma magnífica combinação) e umas folhitas de saladita manhosa.
Recentemente, muitos restaurantes chamam ao bitoque, prego no prato. Moda que é importada do Porto onde o conceito bitoque é desconhecido.
Quando refiro com alguma tristeza que o bitoque não é grande espingarda, é porque os cozinheiros tratam a preparação deste prato como se fosse uma despromoção.
Já aqui disse, que apesar de gostar de cozinhar e fazê-lo sem atrapalhação, considero que fazer um bom bife não é fácil. Portanto creio ser a hora de dignificar o bitoque, essa verdadeira arma estratégica contra o McDonalds e Pizza hut.
Portanto, cozinheiros e comedores de bitoques, sejam exigentes com o dito. Garantam que a carne é sempre bem cortada e temperada; frita na temperatura certa (que não está cozida no molho); que as batatas são «a sério» e bem fritas e o ovinho bem estrelado; que o arroz é branco (ou quanto muito refogado em alho) e não aqueles restos de arroz de tomate ou de qualquer outra coisa; e por último ponha a merda da salada num prato à parte!