segunda-feira, dezembro 13, 2004

Agro Bio na FIL

Fui neste fim de semana à FIL ver a feira de agricultura biológica de Lisboa. Duas notas sobre o que vi:
1. Fiquei contente com a quantidade e diversidade de oferta que já existe de produtos biologicamente produzidos. A oferta vai desde comida para animais domésticos até aos animais domésticos que servem de comida;
2. Nunca percebi porque é que os produtores biológicos negam as disciplinas mais básicas do marketing. O merchandising, packaging, branding são ao nível daquilo que se fazia na Roménia do Ceausescu. É tudo horroroso e não apetece puto comprar. Mesmo que seja um magnífico litro de azeite ou tintol, embalam-no como se fosse tofu. Portanto, sejamos claros, os parentes não caem na lama por os produtos terem um look apelativo. O consumidor, por mais activista que seja, tem sempre que escolher entre o azeite A e o B e escolherá aquele que lhe parecer mais apelativo.
Outra coisa, os materiais de suporte aos produtos (tipo folhetos, etc.) parecem destinados a laboratórios veterinários da mesma Roménia de Ceausescu. Será que não lhe passa pela cabeça que o papel que distribuem é para vender o produto e que para isso aconteça, o leitor tem que ser convidado/induzido/seduzido a ler?

2 Comments:

Blogger rv said...

.. puxando a brasa á minha sardinha, falta neste nosso "piqueno" país a cultura do Design, entre outras.
Tenho tido más experiências relativamente á aplicação de um packaging sustentado em estudos de mercado e outras ferramentas que fundamentam um bom Design integrado nas tais regras básicas do marketing.
...enfim, cá vamos andando.

4:43 da tarde  
Blogger LCV said...

Primodireito,

O teu comentário só atesta o grau de precaridade no nosso desenvolvimento. Quando olhamos para o exemplo da Finlândia em que há mais de 50 anos se assume que a importância do design é fundamental à sustentabilidade de qualquer projecto industrial deveriamos cometer uma lobotomia colectiva como penitência.

5:17 da tarde  

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