quinta-feira, novembro 24, 2005

Tenho a sensação que estou a ficar velho...

O desporto no meu tempo é que era!

Isto não é um sintoma de envelhecimento. Tenho a certeza que esta tese poderá ser cientificamente provada.

1985 marcou o Desporto para sempre. Depois deste ano, tudo o que era apaixonante e incerto foi desaparecendo. Hoje em dia, qualquer competição desportiva está, indiscutivelmente, menos interessante.

Foi precisamente há 20 anos que começou o declínio: em 1985 apareceu Boris Becker a ganhar Wimbledon e Alain Prost tornou-se o primeiro francês a ganhar um Campeonato do Mundo de F1. Estes dois monstros ganharam tudo o que havia para ganhar e introduziram um estilo de competição que vigora até hoje - pouca paixão, poucos erros (em bom rigor, mais o Prost que o BB).

Noutras modalidades, ainda se aguentou o interesse por mais uns anitos, mas o estilo humanóide veio para ficar.

Nesses anos a Argentina de Maradona preparou-se para ganhar o Mundial do México com o célebre jogo da mão de Deus e com o golo em que senta 6 ingleses. A França limpava as 5 nações com a equipa de Serge Blancot e Reeves, com um jogo à mão que envergonhava os adversários.

Os EUA criaram uma equipa de vólei extraordinária com Kiraly, Pat Power, Steve Timmons, Jeff Stork entre outros. Na NBA Magic Jonhson combatia uma grande equipa de Boston - os verdes Celtics (meus preferidos) com Larry Bird aos comandos e os bad boys de Detroit com Joe Dummars e o Bill Lambeer.

Hoje em dia, excepção feita ao ciclismo, não há uma equipa que perdure, um herói das pistas, um campeão trágico, que tenha essa capacidade de marcar uma geração.

Dúvido que os putos de hoje em dia saibam quem foram os vencedores de Winbledon no ano passado, ou quem ganhou as 6 nações, ou mesmo com quem o Schumacher discutiu a vitória na Fómula 1. E o problema não está só nos outros interesses que ocupam as jovens cabecinhas. Está mesmo no desporto que está a ser levado demasiado a sério e liderado por gajos sem graça nenhuma.


2 Comments:

Blogger Fernando said...

Uma contribuiçãozinha para o baú da nostalgia (sem nenhuma ordem em especial, alguns mais recentes outros menos):

Gilles Villeneuve
Manuel Fernandes e Jordão
Nelson Piquet
Ayrton Senna e Jimmy Connors
John McEnroe
Bento e Chalana
Carlos Lopes e Fernando Mamede
Lasse Viren
Sergey Bubka
Dasaev
Ari Vatanen, Henri Toivonen e Marku Allen
... ... ...

3:15 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ronald Reagen e Gorbachov
Delors e Kohl
Croquete e Batatinha
Os livros da Gina e do Asterix
Keynes e Freedman
Carlos e Diana
Kremlin e Plateau
Lucas e Copola

Estamos mesmo no fim da história?

4:59 da tarde  

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