segunda-feira, setembro 18, 2006

Viva o Rugby

Depois de ter visto o último jogo em Alvalade contra o Paços de Ferreira, constatei uma vez mais o avanço que o Rugby dá neste momento ao futebol em termos de profissionalismo, entrega e verdade desportiva. Neste útimo capítulo, e porque na área de validação de ensaios existiam inúmeras situações duvidosas e que tinham reflexos decisivos no jogo, a FIRA (a FIFA do Rugby) instituiu o recurso a câmaras de TV como forma tirar dúvidas. O processo é simples: o árbitro quando tem dúvidas, solicita o visionamento de imagens por um painel de árbitros que estão em frente de câmaras e solicita uma decisão. A seguir comunica-a alto e bom som.
No futebol, o argumento tem sido que não é possível aplicar esta regra em todo o lado ao mesmo tempo, e por isso não se mexe no actual sistema de avaliação.
Permito-me discordar, nem todas as ligas são iguais. Nem todos os países são iguais. Nem todas as competições tem os mesmos interesses em jogo. O campeonato do Burundi não é igual ao de Espanha. Um campeonato de infantis, não é igual ao de séniores. Tratam-se de interesses muito diversos e os melhores campeonatos devem estar munidos de todas as condições para que o espectáculo seja o melhor.
Aliás o futebol é o único desporto onde isto se passa: no atletismo, nem todas as corridas tem photo-finish; no ténis, nem todos os courts têm detectores de bolas duvidosas; no rugby nem todos os jogos têm recurso às imagens TV.
Claro que este meu argumento teria dado uma vitória ao Leiria no ano passado quando jogou em Alvalade e o Ricardo defendeu uma bola dentro da baliza. Mas pelo menos não ficava no ar a quetão da falta de seriedade dos árbitros.

PS: O golo foi com a mão. Não há dúvidas! Mas foi aos 45 minutos de jogo. Tiveram mais uma parte para rectificar o resultado e não foram capazes de atinar com a baliza. Só a chorar não vamos lá!