sexta-feira, setembro 30, 2005

Teses várias sobre o Futebol

Tese 1: O jogador de futebol é entre todos os desportistas o mais burro de todos (mesmo considerando um jogador de boxe veterano que tenha passado os últimos 10 anos a servir de saco do Tyson). Senão como se comprende que sendo o Sporting uma das melhores equipas europeias, recheada de internacionais experientes, seja encavada da forma que foi por uns padeiros suecos? Alguma vez isto se passava noutro desporto?
O Benim alguma vez ganhava à Nova Zelândia em Rugby?
O Luxemburgo alguma vez ganhava à Lituânia em Basquet?
A Irlanda alguma vez ganhava a Itália em Voley?
O Tino de Rans alguma vez ganhava ao Obikwelu?
É que é esta a distância que separa as duas equipas. E não me venham dizer que esta é a beleza do futebol e tal...Os gajos da bola são totalmente acéfalos!

Tese 2: Peseiro está possuído. Só assim se compreende que depois de ter sido
encavado pelos suecos, continue a achar que tem condições para ser treinador do Sporting.

Tese 3: Rui Meireles, Paulo Andrade e Dias da Cunha são comprovadamente péssimos gestores e condutores de homens. É esta a conclusão que se retira depois de ter sido reiterada a confiança no Peseiro depois de ele ter desbaratado 1 milhão de € (pelo menos!) com o jogo de ontem e a encavadela sueca.
E por agora chega. Nova dose de bílis para mais tarde.

terça-feira, setembro 27, 2005

Mini Maratona de Lisboa

Demorei 53 min e 4 segundos a fazer os 8 Km. Foi um tempo não humilhante mas abaixo do que posso fazer.
Foi a minha 1ª corrida e devo dizer que adorei. Primeiro que tudo foi ver 17.000 almas prontas para fazer a prova (15.000 das quais só correm naquele dia). O ambiente é o mais popular que se pode imaginar: parece uma mistura entre festa do Avante com a procissão de N.Srª dos Remédios em calções.
Em segundo lugar, descobri aos 38 anos que existe um objecto chamado urinól de atletismo. Trata-se de um dispositivo plástico, de côr verde com um formato cónico, onde estão cavados 6 buracos onde 6 corredores podem fazer xixi ao mesmo tempo, naquilo que é a coisa menos discreta que se pode imaginar (mas naquele ambiente vale tudo). Em terceiro lugar, os trajes da corrida. Válha-me Sto António! Onde se compram aquelas indumentárias. Eu vi de tudo em cores não terrenas: fitas, meias, calções térmicos, tops para homens, calções de licra em formatos inaceitáveis!
Em quarto lugar: a banda sonora de aquecimento da multidão. Consistia apenas em 4 músicas, gravadas num I Pod com a capacidade equivalente a uma disquette e era tudo aquelas brasileiradas, que as minhas filhas adoram, foleiríssimas. Passavam num PA abaixo da critica aos berros durante a hora que antecede a partida.
Em quinto: o aquecimento que alguns "atletas" fazem. Para quê dar umas corridinhas de aquecimento quando vão ter 8 km para o fazer? Resultado, mal é dada a partida, a "malta do aquecimento" já só conseguia ir a andar, estoirada.
Finalmete, despertei apar o fenómeno do atletismo popular: no final da corrida, recebi para aí 10 folhetos a anunciar mais maravilhas como esta que se passam todos os Domingos por esse Portugal adentro.
Vou repetir a experiência.

Razões Fúteis para não gostar do Peseiro

1. Tem patilha negativa.
Quem disse áquela alma coruchense que não ter patilhas lhe dava boa pinta;

2. Bamboleia nervoso a ver um jogo.
Aqueles tremeliques e esgares dão uma noção de estar com a auto-confiança pelas ruas da amargura;

3. O queixo está sempre enterrado no nó de gravata.
Dá-lhe um ar de red neck lusitano que não tem perfil para estar no clube de Alvalade;

4.É Lampião.
Esta nem é uma razão fútil, é provavelmente, a mais racional de todas.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Modas da restauração lisboeta que me encanitam (4)

Volto com este tema ao Trabuco para denunciar alguns maus hábitos que vitimam pobres desgraçados (como eu) que comem fora todos os dias em Restaurantes.

Hoje o tema é bitoque.

O bitoque podia ser uma das mais perfeitas refeições rápidas que se servem em restaurantes: um bife pequeno com ovo a cavalo, acompanhado de batas fritas, arroz (apesar da redundância de hidratos de carbono, é uma magnífica combinação) e umas folhitas de saladita manhosa.
Recentemente, muitos restaurantes chamam ao bitoque, prego no prato. Moda que é importada do Porto onde o conceito bitoque é desconhecido.
Quando refiro com alguma tristeza que o bitoque não é grande espingarda, é porque os cozinheiros tratam a preparação deste prato como se fosse uma despromoção.
Já aqui disse, que apesar de gostar de cozinhar e fazê-lo sem atrapalhação, considero que fazer um bom bife não é fácil. Portanto creio ser a hora de dignificar o bitoque, essa verdadeira arma estratégica contra o McDonalds e Pizza hut.
Portanto, cozinheiros e comedores de bitoques, sejam exigentes com o dito. Garantam que a carne é sempre bem cortada e temperada; frita na temperatura certa (que não está cozida no molho); que as batatas são «a sério» e bem fritas e o ovinho bem estrelado; que o arroz é branco (ou quanto muito refogado em alho) e não aqueles restos de arroz de tomate ou de qualquer outra coisa; e por último ponha a merda da salada num prato à parte!