terça-feira, novembro 29, 2005

Novo Director de Comunicação do Sporting

O Rui Oliveira e Costa é o novo responsável pela comunicação do clube. Fiquei perplexo com a notícia. Não que desconsidere o Oliveira e Costa como Sportinguista ou que não lhe reconheça capacidade comunicacional. Mas confundir isto com as exigências de um trabalho árduo e sistemático como é aquele que se exige a um responsável de comunicação é o mesmo que confundir a tromba do Petit com a da Monica Belucci.
Hoje em dia, a comunicação de um universo tão complexo como é o de um clube e em particular o do Sporting, exige alguém que esteja 24 horas a pensar no clube e nas melhores formas de fazer passar a imagem adequada a cada momento. Isto é ainda mais verdade, num momento em que vivemos com uma direcção a meio tempo, com eleições à porta e com o campeonato com tudo por decidir. Pura e simplesmente, um Director a meio gás e não remunerado não irá funcionar. Aliás aceitar trabalhar nestas condições é o primeiro sinónimo que o Sr. não percebe para que cargo vai.
Já tinha achado que a indigitação do Administrador para o futebol tinha sido um bocado bacoca, mas agora com esta sou forçado a concluir que o Sporting está a ser gerido por brincalhões. Nomeiam o primeiro amigo que lhes aparece pela frente atendendo a critérios completamente misteriosos.
O que vale é que o Grande Paulo Bento lhes vai salvando a pele e desviando as atenções.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Tenho a sensação que estou a ficar velho...

O desporto no meu tempo é que era!

Isto não é um sintoma de envelhecimento. Tenho a certeza que esta tese poderá ser cientificamente provada.

1985 marcou o Desporto para sempre. Depois deste ano, tudo o que era apaixonante e incerto foi desaparecendo. Hoje em dia, qualquer competição desportiva está, indiscutivelmente, menos interessante.

Foi precisamente há 20 anos que começou o declínio: em 1985 apareceu Boris Becker a ganhar Wimbledon e Alain Prost tornou-se o primeiro francês a ganhar um Campeonato do Mundo de F1. Estes dois monstros ganharam tudo o que havia para ganhar e introduziram um estilo de competição que vigora até hoje - pouca paixão, poucos erros (em bom rigor, mais o Prost que o BB).

Noutras modalidades, ainda se aguentou o interesse por mais uns anitos, mas o estilo humanóide veio para ficar.

Nesses anos a Argentina de Maradona preparou-se para ganhar o Mundial do México com o célebre jogo da mão de Deus e com o golo em que senta 6 ingleses. A França limpava as 5 nações com a equipa de Serge Blancot e Reeves, com um jogo à mão que envergonhava os adversários.

Os EUA criaram uma equipa de vólei extraordinária com Kiraly, Pat Power, Steve Timmons, Jeff Stork entre outros. Na NBA Magic Jonhson combatia uma grande equipa de Boston - os verdes Celtics (meus preferidos) com Larry Bird aos comandos e os bad boys de Detroit com Joe Dummars e o Bill Lambeer.

Hoje em dia, excepção feita ao ciclismo, não há uma equipa que perdure, um herói das pistas, um campeão trágico, que tenha essa capacidade de marcar uma geração.

Dúvido que os putos de hoje em dia saibam quem foram os vencedores de Winbledon no ano passado, ou quem ganhou as 6 nações, ou mesmo com quem o Schumacher discutiu a vitória na Fómula 1. E o problema não está só nos outros interesses que ocupam as jovens cabecinhas. Está mesmo no desporto que está a ser levado demasiado a sério e liderado por gajos sem graça nenhuma.


quarta-feira, novembro 23, 2005

A droga faz mal

Está tudo explicado!
O inqualificável Abel Xavier foi apanhado com um esteróide anabolizante num controlo anti-dopping.

Moral desportiva do caso: Se tomares estas coisas más, ficas com um cabelo rídiculo, passas a vestir-te como um pateta alegre e fazes faltas desnecessárias que podem afastar a tua equipa de finais importantes.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Ronald Reagan

Na passada 6ª feira deu na RTP 2 uma biografia de Reagan. A história de vida deste mítico Presidente é extraordinária. O que mais me surpreendeu foi a enorme dose de acaso que a marcou.

Acabado o programa, fiquei com a certeza que não há nada pior que o American Dream: qualquer idiota sortudo e determinado pode ser Presidente daquele país. O homem era mal preparado, pouco trabalhador, zero em carisma, não dominava um único dossier, aconselhava-se com bruxas nas decisões mais importantes, teve uma performance económica própria de comediante de Hollywood e apesar de tudo fica para a história por ter ganho a guerra fria.

De tudo o que se relata, a coisa mais engraçada que fez foi durante o seu mandato de Governador da Califórnia, em que num determinado ano registou superávit no orçamento e mandou devolver os impostos a mais. Claro que é uma medida própria de um grunho sem dois dedos de testa, mas teve alguma piada.

De resto o programa só pecou por não ter feito justa homenagem aos dois principais responsáveis pelo facto de ele se ter mantido em funções por tanto tempo: Ted Kennedy e Walter Mondale, os dois dirigentes democratas da altura que eram uma anedota!

quinta-feira, novembro 10, 2005

Casa da Música




A recente discussão pública sobre o modelo jurídico que iriá ser aplicado à CdM criou uma cisão clara entre os fundadores privados, liderados pelo incontornável Santos Silva, e o Governo. De um lado, defendia-se que o Estado não dava garantias de executar uma política de rigor e que por isso os privados deveriam ter a legitimidade de aprovar ou rejeitar o plano de actividades proposto pelo Director Artistico. É bom ter presente que estes privados estão dispostos a suportar cerca de 10% do orçamento de funcionamento da CdM.

Do outro lado, o Governo fez finca pé em ser através de uma nomeação sua que era eleito a maioria do Conselho de Administração, por entender que esta era a única forma de defender que a instituição será sempre guiada por superior interesse público, aliás, condição para justificar um investimento daquela natureza.

O resultado foi mais favorável às prentensões do Governo, o que a meu ver, é salutar.

À laia de exemplo da gestão privada, fica a recente opção do actual CA de ter cancelado uma série de concertos da Orquestra Nacional do Porto previstos para Dezembro, tendo entrado em sua substituição o espectáculo do Noody.

Não que eu tenha nada contra o Noody que até é muito british e será visto pela minha prole ainda este mês no Atlântico, mas convenhamos, não me parece que seja projecto para estar na mais emblemática sala de música do país quando existem o Coliseu e o Europarque.

terça-feira, novembro 08, 2005

The Man


Este Senhor estará no próximo dia 16 de Novembro às 18.30 h. no Teatro Nacional para fazer o lançamento do seu recente "Autor, Autor".
Para mim, é um dos mais divertidos autores ingleses de sempre.
O seu universo de referência anda sempre à volta do meio universitário inglês, suas frustações e inquietudes, as manipulações e traições, os amores mais ou menos carnais, e a moral (normalmente a católica).
A não perder mesmo!

O Senhor é David Lodge.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Sampaio defende integração de minorias

A propósito dos recentes incidentes em França, o nosso PR, uma vez mais surpreendeu tudo e todos com uma ideia inovadora: as minorias devem ser integradas.

É o MAIOR!

Razões para gostar do Paulo Bento

1. Apesar de uma exibição a roçar o rídiculo, já colocou a equipa a ganhar.
2. Resposta pronta e sem inventar. Não se faz passar por um Professor da Bola que mete léxico técnico-táctico na mais simples resposta a um jornalista.
3. Apesar de não ser um Leão dos sete costados (posso mesmo afirmar que era pró vermelhote em puto) fica bem de verde-e-branco.
4. Já foi campeão pelo Sporting ainda por cima na Luz contra os palhacitos do lado de lá.
5. Apesar da patilha negativa e do risco tendencialmente ao meio, é um gajo porreiro e meu ex-colega de Liceu.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Adega dos Lombos

Fui lá levado por um amigo de confiança. Trata-se de um tasco que fica na Rua dos Douradores, n.52 na Baixa.

Especialidade da casa: Lombinhos de Porco fritos.

Para quem prefere outras coisas, há bacalhau cozido com todos, iscas e peixe cozido.

Lotação 14 lugares!

É uma tasca à antiga lisboeta, mas come-se muito bem e muito barato.

Cavaco Chilva

Não que me preocupe com as eleições que aí vêem. Aliás, em face dos candidatos que se apresentam, a minha veia monárquica lateja neste momento mais forte que nunca. Mas confesso a minha satisfação por estar prestes a ter na Presidência da Républica algúem de quem não gosto. Desde o tempo do General Eanes que isto não acontecia.

Finalmente vou poder irritar-me com a corte saloia que acompanha os PR e as manobritas de um florentismo de segunda que se fazem a partir de Belém. É que até agora, Belém foi ocupado nestes últimos 20 anos por gajos de quem gosto: Soares porque sim e Sampaio porque é um Leão sofredor como eu.
Agora que vai para lá um saloio de um economista com a mania que é iluminado, que come de boca aberta e tem uma "esposa" inqualificável , já estou a afiar o dente.

Força Anibal.
Vai-te a eles que nem um Tarzão!