Tem o destino traçado
Desde o primeiro dia em que começam a trabalhar nos clubes, os treinadores sabem que estão a prazo. Podem confrontar-se com uma saída imediata (estilo Del Neri) arrastada (estilo Fernando Santos) pseudo-voluntária (estilo Fernando Santos do FCP), mas a saída é sempre incontornável.
Por esta ordem de razões, Peseiro sabe que o seu lugar está sempre em jogo. Mais! Ele sabe que não caiu no goto de nenhum adepto do Sporting, que ninguém lhe perdoa a costela encarnada nem a falta de humildade. Os únicos que gostam do homem são os seus patrões da SAD, o que não é de admirar: Peseiro é trabalhador, ambicioso e não levanta ondas. Em qualque empresa, seria o empregado do mês.
Acontece que o futebol é mais do que isto. O futebol é um jogo envolvente, irracional e apaixonado. Os trainadores têm que ter uma dimensão épica que Peseiro manifestamente não tem. Aliás, em Portugal os treinadores que têm essa mística são apenas 3: Co Adrianse, Pacheco e Carlos Brito, e destes, apenas o holandês tem qualidade suficiente para trabalhar em Alvalade.
Por isso, aqui deixo a minha opinião, vão já a Inglaterra buscar o Robson, porque velho sou eu.