Fui neste fim de semana à FIL ver a feira de agricultura biológica de Lisboa. Duas notas sobre o que vi:
1. Fiquei contente com a quantidade e diversidade de oferta que já existe de produtos biologicamente produzidos. A oferta vai desde comida para animais domésticos até aos animais domésticos que servem de comida;
2. Nunca percebi porque é que os produtores biológicos negam as disciplinas mais básicas do marketing. O merchandising, packaging, branding são ao nível daquilo que se fazia na Roménia do Ceausescu. É tudo horroroso e não apetece puto comprar. Mesmo que seja um magnífico litro de azeite ou tintol, embalam-no como se fosse tofu. Portanto, sejamos claros, os parentes não caem na lama por os produtos terem um look apelativo. O consumidor, por mais activista que seja, tem sempre que escolher entre o azeite A e o B e escolherá aquele que lhe parecer mais apelativo.
Outra coisa, os materiais de suporte aos produtos (tipo folhetos, etc.) parecem destinados a laboratórios veterinários da mesma Roménia de Ceausescu. Será que não lhe passa pela cabeça que o papel que distribuem é para vender o produto e que para isso aconteça, o leitor tem que ser convidado/induzido/seduzido a ler?